Princípios Yakã
Os rios de ‘saberes e fazeres’ que desaguam em Yakã seguem o preceito de abundância e fartura para todos, cumprindo objetivos com rapidez e eficácia. Tudo que é eficiente e eficaz, no sentido de produzir fartura e abundância, deve ser divulgado e passado à diante. Assim nasceu a construção dos 5 princípios Yakã.
| O Todo é maior que a soma das partes.
Ver em um “Todo” o singular. Pensar em um coletivo com características próprias que vão para além da simples divisão das partes que o compõem, é próprio da ética Yakã. O Todo é um emaranhado de sujeitos que, em interação, formam um organismo singular e complexo. O Todo não é simples. Yakã não simplifica o singular. Yakã é rio; o todo é rio. E o todo é sempre maior do que a soma das partes.
| Somos todos universalmente únicos.
União. Unicidade. Uno. Ser ‘universalmente único’ é o oposto de universalizar o singular; é uma ética contrária à generalização: a generalização não dá espaço para dizer de si, para se mostrar como verdadeiramente se é. Ela tira a cor e as nuances; planifica e homogeniza. Yakã é relevo. Yakã é uma perspectiva. O Yakã tem no olhar o filtro do inusitado, e assim vê o único em cada situação. As especificidades nos tornam singulares. Somos todos universalmente únicos.
| A sabedoria vem dos litorais e não das fronteiras.
Fronteira é divisão. O litoral é transdisciplinaridade. Yakã acredita que a transdisciplinaridade tece o universo, e é ela quem produz litorais e não fronteiras. Litoral é encontro; é “somar”; é convergência. Os diversos convergem para o movimento em compasso, e juntos se formam em melodia. Produzir litorais em áreas diversas do conhecimento é o mistério da vida que Yakã se conecta. Yakã é uma união de rios transdisciplinares, e a soma dessas águas se formou em litoral. Yakã é um todo de saberes transdisciplinares, e fazeres que convergem no movimento em compasso. Yakã faz a melodia no litoral, e convida a participar da dança.
|Mandamento Katxanawá - Fartura e Abundância
Todo movimento produz marcas.
O movimento Yakã pensa nas marcas que deixa para trás: pensa no rastro, no resto. O resto que abunda no outro é fartura.
| O vivido tão vívido.
Na parede da memória está nosso maior tesouro. É nela que guardamos os registros dos caminhos por onde passamos. Sabendo que a nossa maior herança e o nosso melhor legado são sempre as pegadas que deixamos nos nossos litorais. Dessa maneira, contamos nossas experiências com entusiasmo, afinal, acreditamos que Fartura e Abundância só são realmente verdadeiros quando compartilhados.